A administração da empresa Quintas & Quintas, da Póvoa do Varzim, está a chamar trabalhadores e a propor-lhes a rescisão dos contratos de trabalho, mudando de funções muitos deles como forma de pressão para que a aceitem. Isto, depois de se ter comprometido com a Câmara Municipal a preservar os postos de trabalho e a manter a fábrica na Póvoa, no lugar de Barreiros, caso obtivesse a autorização daquela para um índice de construção suplementar de mais 50% nos terrenos da fábrica, então situada no centro da cidade, e de ter recebido do Estado avultadas verbas para essa transferência. Estes terrenos, extremamente valorizados com a autorização, foram entretanto vendidos, num negócio que envolveu milhões! Só que dos cerca de 500 trabalhadores da Quintas & Quintas que então havia… restam pouco mais de duzentos.
A Comissão Concelhia da Póvoa do Varzim do PCP, que nunca esteve de acordo com o negócio, exige pois que a Câmara faça cumprir os compromissos assumidos por aquela empresa, interrogando-se mesmo sobre se terão sido acautelados mecanismos para os fazer cumprir em caso de violação.
O PCP, que através do seu Grupo Parlamentar já pediu esclarecimentos ao Governo sobre a situação, garante que voltará a levantar a questão caso a empresa persista em lançar trabalhadores para o desemprego.